sábado, 1 de dezembro de 2012

Ainda sobre o VOX IP da GVT

Após realizar uma nova configuração do GVT VOX IP com Asterisk, eis que percebi que faltaram algumas informações relevantes no post anterior

Como a GVT continua não provendo uma documentação mínima do serviço (confesso que não foi solicitado diretamente, mas, na minha opinião, na instalação do serviço deveria ser entregue ao cliente pelo menos um documento com os dados completos da rede e informações relevantes de configuração), novamente foi preciso utilizar a experiência adquirida para resolver algumas questões. 

Sonho com o dia em que a GVT dará um status mais profissional ao VOX IP, pois parece ainda tratar-se de um serviço "alternativo" ou em fase de testes, o que não é verdade, pois o serviço é bem estável e funcional. Além disso, eu acredito que esse tipo de entroncamento (SIP) será o substituto natural do link E1, apesar das operadoras não quererem aceitar esta realidade.

Pois bem, este post é complementar ao primeiro, e possui algumas informações que serão bastantes úteis na configuração do serviço.

Codecs

A dica inicial é: atenção aos codecs. A GVT instala um link de 1Mbps para  prover 30 canais, e, se não for utilizado o codec adequado, o número de canais pode cair pela metade.

Apesar do VOX IP aceitar o uso do codec g711 alaw (segundo a informação este deve ser o codec secundário na configuração do peer SIP), o mesmo utiliza 64 Kbps de banda, fazendo com que só possam ser utilizados 15 canais simultâneos na banda disponível.

Por isso a GVT recomenda a utilização do codec g729, que utiliza uma banda muito menor possibilitando o uso dos 30 canais simultaneamente. No entanto é importante esclarecer que o Asterisk não disponibiliza o codec. Para instalá-lo é preciso adquirir as licenças da Digium, ao custo de USD 10,00 cada.

Fax

Para uso do Fax, o VOX IP dispõe do T.38, que é o protocolo para transmissão de fax sobre redes IP. O Asterisk já provê suporte a este protocolo, mas também é possível enviar fax utilizando-se o codec g711, com softwares como iaxmodem e hylafax (No caso de uso do T.38, a alternativa para o iaxmodem  é o t38modem).

Também é possível utilizar o Fax for Asterisk, da Digium, mas cada licença para uso de fax (simultâneo) tem o custo de USD 40. 

Uma outra alternativa seria o uso do Free Fax for Asterisk, que disponibiliza uma única licença sem custos, e que pode ser usado em ambientes onde o Fax é utilizado de maneira esporádica.

Identificação de entrada

Um fato que merece ser citado é que o VOX IP não entrega somente o MCDU, mas sim o número completo de destino (DDD + número). 

Assim, se você está migrando de um link E1, ou está acostumado a instalações com links E1, adapte seu plano de discagem para este novo formato.

Roteamento da rede do VOX IP

A abordagem adotada no roteamento da rede do VOX IP tem sido meio radical, mas como não há informação completa da GVT, a mesma tem proporcionado o funcionamento adequado do serviço.

Vou exemplificar:

  • Rede entregue pela GVT para enlace: 10.153.X.Y/29
  • IP de registro do servidor: 10.150.X.Y

Como não havia informações sobre a rede a ser roteada, foi realizado o roteamento da rede 10.150.X.0/24. 

Com este roteamento, apesar do SIP ficar registrado e a chamada ser completada, a ligação ficava muda em ambas pontas. Após uma investigação com o tcpdump, pode-se observar que haviam pacotes vindos da rede 10.152.X.Y, que não estava roteada, o que causava o problema.

Como não havia conflito na rede em questão, foi realizado então o roteamento da rede 10.128.0.0/9, o que certamente não é a melhor prática, mas que permitiu que o serviço funcionasse corretamente.

Caso alguém possua informações corretas sobre a rede a ser roteada, por favor poste nos comentários.

Host não identificado

E, para finalizar, se você se deparar com um erro semelhante no console do Asterisk, pode ficar tranquilo:
[Dec  1 08:37:42] ERROR[11427]: netsock2.c:269 ast_sockaddr_resolve: getaddrinfo("PAE1CS2K", "5060", ...): Name or service not known
[Dec  1 08:37:42] WARNING[11427]: chan_sip.c:16078 check_via: Could not resolve socket address for 'PAE1CS2K:5060'
O host em questão é o servidor SIP onde você está registrado. 

Para que tal erro não ocorra mais, adicione a seguinte linha no seu arquivo /etc/hosts:


10.150.X.Y   PAE1CS2K

De momento é isso, mas assim que houverem novas informações, possivelmente será feito um update no post.

UPDATE 12/12/2012: é muito importante que seja sempre utilizado o Progress ao receber ou realizar uma chamada externa, caso contrário as ligações podem ser derrubadas pela operadora durante seu curso.

UPDATE 27/12/2012: muita gente relatou ter dificuldades para identificar suas chamadas com o número dos ramais ao invés do número chave do tronco (eu mesmo me deparei com tal situação). Isso ocorre porque a GVT utiliza os headers From e Contact do pacote SIP para fazer a identificação, ao invés de somente o ${CALLERID(num)} provido pelo Asterisk. Para que você possa se identificar com o número do DDR, sete o ${CALLERID(num)} e não utilize o parâmetro fromuser na sua configuração SIP do VoxIP.

Leia também:


terça-feira, 10 de julho de 2012

Lista Openfire-BR - o retorno

A lista Openfire-BR foi recriada.

Foram reinscritos automaticamente na lista todos os usuários que em algum momento enviaram mensagens para a mesma. Possivelmente alguns usuários inativos também foram reinscritos, pois não foi possível identificar quais eram os membros atuais. A estes, peço que façam a gentileza de remover-se novamente e também gostaria que aceitassem minhas sinceras desculpas, mas infelizmente não foi possível realizar algum tipo de filtro para evitar a inscrição indesejada.

O próximo passo agora será recriar os arquivos da lista, o que espero ocorra em breve.

Aos membros da lista que não foram automaticamente inscritos, peço que assinem novamente a mesma para que esta volte à atividade normal.

Obrigado.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Lista Openfire-BR - o reinício

Como todos já devem saber, infelizmente ocorreu um problema com o servidor da ASL que gerenciava as listas de discussões do domínio softwarelivre.org, e, entre as baixas está a lista Openfire-BR.


Devido a este infortúnio, que causou a perda dos dados, será preciso recomeçar a lista, e, para isso, espero contar com o apoio de todos os membros, que precisarão recadastrar-se na mesma, assim que ela for recriada.

Tentarei tomar as seguintes medidas, assim que for possível:
  • Envio de e-mail para todos os membros da lista (ativos e inativos) para que recadastrem-se;
  • Recriação do histórico de mensagens da lista, para que toda a base de conhecimento gerada ao longo de mais de quatro anos não se perca.

Espero poder contar com a colaboração de todos. Assim que a lista estiver disponível, o que deve ocorrer nos próximos dias, um novo post será publicado com as instruções para recadastramento dos interessados.

Até mais!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Problemas na lista Openfire-br


Quem utiliza a lista Openfire-BR deve ter percebido que a mesma está apresentando problemas desde o início da semana. A situação está sendo tratada, e, assim que possível, a lista estará novamente disponível.

Agradeço a paciência e a compreensão dos mais de 600 membros desta lista, que com pouco mais de quatro anos de atividade formou uma bela comunidade em torno deste excelente servidor XMPP.

Abraço a todos.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Free Beer e o fisl 13 (quase um Off-topic)


E amanhã é dia de mais uma brassagem, e a cerveja da vez é a FREE BEER

Para quem não conhece, a FREE BEER é uma Ale com adição de guaraná, cuja receita é publicada sob uma licença Creative Commons (Attribution-ShareAlike 2.5), o que significa que qualquer um pode usá-la para fazer sua própria FREE BEER ou criar uma receita derivada da mesma. Não existem restrições a ganhos financeiros com a FREE BEER (o conceito é de free as in freedom), mas a receita deve ser publicada sob a mesma licença e devidamente creditada.

Pois bem, como o fisl 13 está chegando, e a FREE BEER se identifica com o conceito do mesmo, o pessoal da PROGE decidiu fazer a primeira produção gaúcha desta cerveja, totalizando 150 litros que serão consumidos em um evento da empresa que ocorrerá durante o período do fórum.


E, para ajudar nesta empreitada, alguns membros da Acerva Gaúcha resolveram se unir a causa e participar dessa brassagem (os nomes confirmados até o momento são Felipe Ghellar e Liliane Lewis Xerxenevsky da Caverna dos Ogros e Leonardo Sewald, mestre cervejeiro da Cervejaria Seasons, que irá palestrar sobre a produção de cerveja caseira).

Eu também estarei lá realizando a brassagem de aproximadamente 30 litros da FREE BEER. Em breve um post sobre a aventura. :-)

E se você gosta de cerveja não deixe de acompanhar meu blog sobre essa bebida fantástica, o Bier Tasters.

Até mais!

UPDATE 30/06/2012: fotos da brassagem da Free Beer aqui.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Mudanças na liderança do ClamAV

Lembro que meu primeiro contato com o ClamAV foi lá pelo final de 2003,  quando o mesmo substituiu um McAfee que era utilizado em um servidor de correio  rodando Debian. Na época o projeto, que havia sido iniciado em 2002, já estava bastante estável e começava a dar seus primeiros passos em direção ao reconhecimento atual.

De lá para cá passaram-se 8 anos onde foram feitas muitas instalações e várias interações, que culminaram com a vinda do criador do projeto, Tomasz Kojm, ao fisl 10 e também com a criação de novos mirrors brasileiros para o software.


Hoje, passados pouco mais de dez anos de sua criação, Tomasz Kojm se despede da liderança do projeto, que ficará ao cargo de Matt Watchinski, que por 10 anos foi encarregado do Vulnerability Research Team (VRT) da Sourcefire (empresa responsável também pelo Snort, e que adquiriu o ClamAV em 2007). 

Segue, na íntegra, o e-mail enviado por Tomasz Kojm.

"Dear ClamAV Users,


This year, ClamAV celebrates its 10th anniversary. The first release was on May 8, 2002, and included the basic command line scanner “clamscan” and database update tool “freshclam”. With your help, the project that started as a hobby has become a complete antivirus solution and one of the most popular Open Source security tools. Today, ClamAV has more than 2 million active installations and scans hundreds of millions of files every day.



We are incredibly proud of this project and of the development work we have been able to do since joining Sourcefire via acquisition in 2007. We’ve had the opportunity to build out the bytecode engine and logical signatures, and implement dozens of other major improvements that make ClamAV a powerful tool.



While we are incredibly proud of this, it is time for us to make a change. ClamAV is now mature software and we are confident that Sourcefire will successfully continue its development, move it forward and maintain the integrity of its infrastructure. Matt Watchinski, who has headed Sourcefire’s Vulnerability Research Team (VRT™) for 10 years, will continue to lead this project. Joel Esler, the company's Open Source community manager, will also be your main point of contact and advocate.



We cannot fully express how grateful we are to all of the people, organizations and companies that have supported us and who will continue to support the project. This includes all the individuals who have contributed virus signatures and the developers who have contributed code to ClamAV throughout the years, the public mirrors that host our virus databases worldwide, the entities that hosted our web site, nameservers and build farm; the developers and package maintainers who have integrated ClamAV into various Open Source products and distributions and, of course, the Open Source community as a whole.



Finally, we would like to thank all who have trusted ClamAV for scanning and protecting some of the most valuable data on their networks.



Sincerely,



Tomasz Kojm <tomasz.kojm@gmail.com> (twitter: @tkojm)
Luca Gibelli <luca@gibelli.it> (twitter: @nervous)
Alberto Wu <acab@digitalfuture.it>
Edwin Török <edwin@etorok.net>"


Fica aqui o agradecimento a Tomasz e sua equipe pelos anos de dedicação, com votos de sucesso em sua nova empreitada.

E também votos de que a Sourcefire continue fazendo um excelente trabalho e que o ClamAV continue sendo uma referência pelos anos vindouros.

Leia também o post no blog do ClamAV.

domingo, 17 de junho de 2012

De volta à atividade

Quase um ano sem novos posts...

O tempo livre, que parece ficar menor a cada dia que passa, e que anteriormente era muito utilizado na manutenção do blog, foi direcionado para atividades de lazer e para a procura de um novo hobby, que ajudasse a equilibrar o stress diário.

Assim, depois de muitos meses, um hobby foi encontrado e um novo blog acabou nascendo, mas isso não significa que o Mundo Open Source foi abandonado. Muito pelo contrário, tudo isso serve para dar um gás e para recarregar as baterias, que eventualmente ficam com pouca carga. :-)

O blog está ativo e tenho procurado responder os comentários na medida do possível, bem como atender todos no bate papo. A participação nas listas (principalmente na Openfire-br) continua fazendo parte da rotina diária bem como o acompanhamento das novidades e lançamentos relacionados ao conteúdo do blog. Além disso, o twitter tem sido uma ótima ferramenta para compartilhar pequenas dicas e novidades da área.

Para dar uma pequena renovada no blog, criei hoje uma seção chamada Openfire - Links Interessantes, onde listei algumas "novidades" dos últimos meses relacionadas ao serviço, que na medida do possível, irão se tornar posts detalhados.

A todos que acompanham o blog, o meu agradecimento. 

Até mais.